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Este livro tem como pretexto poético um mito indígena. Começa com uma versão poética do mito de Jurupari, o herói-civilizador que deu aos homens o domínio da música, através das flautas de paxiúba, e instituiu o patriarcado. Jurupari é o nome genérico desse herói demonizado pelos missionários cristãos. Ele se chama Izi, entre os tarianas, e Guramuye entre os dessanas, ambas etnias do rio Negro. Nesta obra o autor traz a versão Kamayurá desse mito, expresso na Lenda da Paxiúba, (explicada na Palavra do autor), e que se apalavra poeticamente no primeiro poema, O Canto de Milomaqui.Os poemas de José Cyrino cantam a Amazônia, suas belezas naturais, os rios, lagos, a vida do caboclo, o ethos, costumes, flora e fauna, sotaques, etc.Mas o que a princípio se revela regionalista, expande-se para o nacional, trazendo esta força estranha que universaliza a poesia.O livro também dialoga com outros autores e seus textos. O poeta chileno Pablo Neruda está contemplado no poema Canto a Neruda; Carlos Drummond de Andrade em Manaus; o português Fernando Pessoa em Remar é preciso. Observa-se ainda a presença de Raul Seixas e Guimarães Rosa: o primeiro em Saudades do meu Cambixe; o último em paródia à fala inicial de Riobaldo, o narrador do Grande sertão veredas: Tucumãs ou tucumães / uma questão pro Guimarães.Ao fim o autor oferece a beleza fonética de frases elaboradas sobre aspectos da Amazônia, que ele chama de Pios da Floresta, em referência aos assobios dos animas e outros sons, como o ronco dos rios e o canto do vento.